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Curiosidades sobre o Jamelão.....

O jamelão, jambolão, jalão, joão-bolão, manjelão, azeitona-preta, baga-de-freira, brinco-de-viúva ou guapê (Syzygium cumini, ex-Eugenia jambolana Lam. ou Syzygium jambolanum DC.) é o fruto da planta de mesmo nome da família Myrtaceae. A espécie é nativa da Índia. São árvores que podem chegar até dez metros de altura. Possuem frutos pequenos e arroxeados quando maduros. A coloração dos frutos provoca manchas nas mãos, tecidos, calçados e pinturas de veículos, tornando a planta pouco indicada para o preenchimento de espaços públicos. O fruto possui uma semente única e grande, quando comparada com o tamanho do fruto, envolta por uma polpa carnosa. Apesar de sabor um pouco adstringente, é agradável ao paladar. Na Índia, além de ser consumido in natura, é usado na confecção de doces e tortas. Na Região Nordeste do Brasil, é conhecida como "azeitona-preta". Nessa região, a planta adaptou-se tão bem que se tornou espécie subespontânea, sendo chamada de "brinco-de-viúva". Também é comum no litoral paranaense, onde recebe o nome de "guapê". Apesar de as árvores desta espécie serem abundantemente usadas em arborização urbana, os jamelões são pouco comercializados, em decorrência de sua alta perecibilidade. Os jamelões costumam deixar as calçadas manchadas de roxo devido à queda dos frutos maduros. JAMELÃO PODE COMBATER CÂNCER (Campinas/SP) - O mesmo pigmento que dá ao jamelão (também conhecido como "jambolão") o inconveniente de manchar as mãos, os tecidos das roupas, os calçamentos das ruas e a pintura dos carros apresenta um potencial para destruir células cancerígenas. É o que mostra uma pesquisa realizada em laboratório pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O estudo constatou que o extrato da fruta que contém antocianinas, substâncias presentes na pigmentação, levou à morte uma média de 90% das células leucêmicas. Os testes foram realizados ainda em células sadias, das quais 20% morreram. O que os pesquisadores querem descobrir agora é se a morte foi causada pela substância na sua forma original ou em razão de um produto metabólico. "Ainda há um longo caminho a ser percorrido e muitos estudos a serem feitos. No entanto, estamos empolgados com o resultado", declarou a pesquisadora Daniella Dias Palombino de Campos. "Utilizamos dierentes concentrações do extrato e chegamos a um ponto ideal. Mas outros estudos são necessários para esclarecer os mecanismos envolvidos", completou Daniella. De acordo com a professora Adriana Vitorini Rossi, do Instituto de Química (IQ) e orientadora da pesquisa, o jamelão apresenta uma característica própria em relação a frutas como jabuticaba, amora e uva, que também possuem antocianinas. "Antocianina é uma classe de moléculas diversificadas, mas com esqueleto comum. Geralmente as frutas apresentam, em média, oito tipos de antocianinas. Já o jamelão apresenta apenas três. Quanto menor o número de moléculas, mais fácil fica o estudo", explicou a professora do IQ. Os ensaios biológicos contaram com a colaboração da professora Carmem Veríssima Ferreira, do Laboratório de Bioquímica, e de Hiroshi Aoyama, do Instituto de Biologia. Desde 1998, as frutas que contêm antocianinas são estudadas pelo grupo de Adriana. Desde então, surgiram muitos resultados, que renderam inclusive uma maior aproximação co a indústria por meio de convênio. No momento, as pesquisas do grupo concentram-se em desenvolver e caracterizar extratos para aplicação industrial.